segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Lisboa recebe em julho conferência internacional de arte urbana

Lisboa recebe em julho conferência internacional de arte urbana

A primeira conferência internacional de arte urbana e criatividade de Lisboa vai decorrer em julho, para recolocar a capital sob os holofotes depois do projeto que tornou mais colorida a avenida Fontes Pereira de Melo, segundo a organização.

Com o acolhimento internacional que a conferência já reúne, Pedro Neves, um dos organizadores, comentou à agência Lusa que, «depois da experiência do Crono, a intervenção dos Gémeos na Fontes Pereira de Melo, esta conferência está a atrair o olhar internacional não sobre a ação, mas sobre a reflexão sobre a ação».
O projeto Crono envolveu trabalhos de arte urbana, como «graffiti», em fachadas de edifícios devolutos da cidade, juntando artistas internacionais como Gémeos, Vhils e Blu.
No mundo académico nacional esta é a primeira conferência de arte urbana com «todos os f e r, ou seja, com rececionamento de trabalhos, revisão de pares e de caráter internacional», notou.
Pedro Neves sublinhou que a denominação da conferência na língua inglesa (Lisbon street art and creativity international conference) foi propositada e uma «opção estratégica para atrair determinado público».
Com esta denominação, a conferência não fica limitada a conotações, por exemplo, do «graffiti», explicou o organizador, acrescentando que ficam incluídas todas as «expressões da criatividade, o que se aproxima do conceito das cidades criativas».
«Esta mistura entre arte urbana e as cidades é que ainda não existiu e é a primeira conferência», resumiu Pedro Neves, acrescentando que uma editora internacional deverá publicar depois os resultados do evento.
A iniciativa da conferência tem por base a experiência pessoal de Pedro Neves, que se apresenta como antigo praticante da arte urbana, além de somar um vasto currículo na área, ao estar ligado à Galeria de Arte Urbano, ao projeto Crono e à Associação Portuguesa de Arte Urbana.
A conferência de julho é o «braço académico», explicou o doutorando no Instituto Superior Técnico, que desenvolve uma investigação em urbanismo ao nível da criatividade na cidade e colabora com a Faculdade de Belas Artes de Lisboa.
Antes da conferência devem decorrer cerca de seis sessões, nas quais professores e investigadores de várias áreas vão refletir sobre o «potencial da Faculdade de Belas Artes para fazer a relação entre a universidade e a cidade».
Diário Digital com Lusa
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=680073

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