Artista já espalhou mais de 2,5 mil passarinhos de madeira por SP
O arquiteto e artista plástico Alê Ferro, 31, criou uma intervenção original em São Paulo.
Ele está decorando as árvores da cidade com passarinhos de madeira. Desde 2008 ele já espalhou mais de 2.000 simpáticas aves quadradinhas e coloridas.
"Existe o cara que sai para fazer grafites, eu saio para colocar passarinhos. Antes eles eram um sticker, só que como eu sou arquiteto e convivo muito com marceneiros, comecei a pegar várias sobras de madeira e resolvi usá-las. O passarinho começou como um desenho que eu fiz brincando."
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Passarinhos de Alê Ferro em árvore de São Paulo |
Nesta semana, uma leva de 400 novas aves ficaram prontas para pousar em novas árvores.
"Parece muito, mas em cada árvore vai uns quinze, então em um dia eu coloco por volta de 100 pássaros."
Apesar da quantidade, Ferro explicou que os passarinhos desaparecem em menos de um dia, levados pelas pessoas.
"Os passarinhos somem muito rápido. A maioria das pessoas nunca nem viu porque eles duram um dia. Toda vez que eu coloco em alguma árvore eu fico um tempo ali olhando. Daí tem gente que vai lá e pega, outras acham que não é para pegar. Mas eu acho ótimo que as pessoas peguem, não tem nenhum problema. A ideia é que em alguma hora alguém leve embora."
Habituado a andar de bicicleta, à pé ou de ônibus, Ferro explica que as pessoas que se locomovem apenas de carro acabam não convivendo com a cidade e o objetivo da intervenção é o de chamar atenção para as ruas da cidade.
Os próximos pontos de intervenção podem não ser tão fáceis assim de serem capturados.
"Na sexta-feira eu quero colocar na 23 de Maio ou na avenida Santo Amaro. Eu prefiro na Santo Amaro porque lá tem uma árvore gigantesca. Eu mesmo nunca tinha reparado, só a vi esses dias."
Outro ponto inacessível dos passarinhos é a Marginal dos Pinheiros que, segundo Ferro, não é tão inacessível assim na hora do trânsito.
"Eu vou correndo pela Marginal e atravesso onde acho que é menos perigoso. Às 8h dá para atravessar andando, por que tem tanto trânsito. Eu acho que gera um curiosidade."
Apesar de cobiçados, o arquiteto disse que não pretende vender os passarinhos.
"Eu prefiro dar do que vender, eu nunca cheguei em um acordo comigo mesmo, mas eu não queria que eles virassem um produto."
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