quinta-feira, 19 de maio de 2011

PIXAÇÃO NA PAREDE DO IQ - UFG

Olá Químicos e Agregados.


Hoje a parede do pátio de entrada o IQ - UFG amanheceu pixada.


Os dizeres são:"Fardado aqui, não!"


Imagino que o pixador se refira ao fato de transitarem pelo campus uma quantidade considerável de policiais militares do batalhão de polícia ambiental.


Eles estão no campus pois participam de um curso de extensão.



Segundo o "release" do LABOTER, promotores do curso:

O curso de extensão “Estratégias Ambientais: UFG e o Batalhão Ambiental – Uma Ação de Cidadania” foi concebido com o propósito de colocar a serviço do Batalhão Ambiental, o que a Universidade tem nas suas finalidades: formar, capacitar e qualificar, 220 homens do Batalhão Ambiental engajados pelo Estado de Goiás, no que se refere às questões sobre educação, políticas e legislações ambientais.
O curso contém 6 módulos: planejamento ambiental e as interpretações sobre as relações cidade/campo; inundações no espaço urbano de Goiânia e as dimensões naturais e sociais do problema; áreas de proteção ambiental no Estado de Goiás; formação florestal no entorno de Goiânia; o turismo e a questão ambiental; o uso do GPS para a cartografia ambiental; além de um ciclo de palestras, totalizando 60 horas de curso. Este é proposto pelo Laboratório de Estudos e Pesquisas das Dinâmicas Territoriais (LABOTER), do Instituto de Estudos Socioambientais – IESA – do qual tem total apoio.

Eu vejo com bons olhos esse curso. É uma forma de estreitar os laços entre a universidade e a polícia, no caso, a ambiental. 

NÃO vivemos mais em uma ditadura, assim, não me sinto de forma alguma ameaçado pelos policiais em meus direitos individuais dentro da universidade, como faz parecer a pixação estampada na parede do IQ.

Policiais também são cidadãos e merecem as mesmas oportunidades de formação que as nossas. Perguntei a um deles sobre o curso e a necessidade de estarem fardados. Simples. Apesar de estarem no curso durante a semana, estão de serviço, trabalhando. Justo.

A continuar esse patrulhamento sem justa causa, teremos que proibir a entrada dos trabalhadores da White Martins que entregam gases, os bombeiros que vem direto do trabalho para as aulas, os bancários do Banco do Brasil, e vários outros cidadãos que transitam pela universidades em suas devidas indumentárias.

Agora, temos que gastar o dinheiro do cidadão, inclusive o do policial, para apagar a pixação e pintar a parede novamente.

Lamentável. Principalmente dentro de uma universidade.

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