MPMG - Ministério Público pede a prisão preventiva de oito pichadores que atuam em Belo Horizonte | |
Publicado em 09/08/2010 15:19 Segundo as investigações policiais, os jovens agiam em quadrilha desde 2007 em várias regiões da capital, pichando imóveis públicos e privados O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou oito pessoas pelo crime de formação de quadrilha para a prática de pichação. O autor da denúncia, promotor de Justiça Cristóvam Joaquim Ramos Filho, pediu também a prisão preventiva deles. Segundo investigações policiais, o grupo é formado por jovens de Belo Horizonte e de Contagem. Eles agiam na capital desde 2007 pichando prédios públicos, construções, monumentos e residências. O inquérito policial apontou também que cada um dos integrantes do grupo - intitulado "Os piores de Belô" - usava um codinome para registrar sua marca nos imóveis. Por exemplo, M.A.F.S. (22 anos), morador do bairro Tupi (BH), pichava a marca Ranex. I.A. (25 anos), do bairro Nova Conquista (BH), usava o termo Fama. T.R. (24 anos), do bairro Água Branca (Contagem), pichava Arke. R.A.C.V. (23 anos), de Venda Nova (BH), usava o termo Zero. Os irmãos gêmeos T.C.O.B. e D.C.O.B. (21 anos), do bairro Planalto (BH), pichavam Lisk e Lic, respectivamente. G.O.F.B. (26 anos), do bairro Santa Efigênia, pichava Sadok. J.M.F.C. (27 anos), do bairro Nossa Senhora da Glória (BH), usava o termo Goma. Segundo as investigações, três deles foram flagrados em 2008, por volta de 1 hora da madrugada, escalando um prédio localizado na rua São Paulo, no centro da capital. Ao tentarem sair do local, às 6 da manhã, após picharem o imóvel, eles foram abordados e presos pela polícia. Cada um deles teria usado sua marca pessoal no prédio. Ainda de acordo com o inquérito policial, em 2007, quatro deles teriam pichado a sede da Imprensa Oficial, localizada no centro de Belo Horizonte. Vários imóveis de Belo Horizonte também teriam sido alvo do grupo. As investigações apontaram ainda que os jovens usavam sites de relacionamento para postar fotos dos locais pichados e para combinar novas pichações. "Essas páginas da internet demonstram que os denunciados atuavam Ele afirma que "as informações contidas nessas páginas demonstram que os pichadores fazem parte de um mesmo bando, e que a internet era usada para marcar as ações, exibir seus feitos e debater pontos para novas pichações". O promotor de Justiça ressaltou que existe entre os integrantes da quadrilha uma disputa para ver quem picha mais pontos. E que para eles, quanto mais importante a edificação ou mais difícil o acesso, melhor seria o feito. Na denúncia, o promotor de Justiça cita ainda mandados de busca e apreensão realizados pela Polícia Civil na casa dos pichadores. Na residência dos oito denunciados teriam sido encontrados materiais relacionados à prática de pichação. O MPE pede que os pichadores sejam condenados com base no artigo 288, do Código Penal Brasileiro, que prevê pena de um a três anos de reclusão para aqueles que se associarem, em quadrilha ou bando, para cometerem crimes. Fonte: Ministério Público de Minas Gerais | |
quarta-feira, 18 de maio de 2011
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